Esse casamento o Djoni novamente fotografou junto com o Sebastian, por isso eu não faço ideia sobre a história desse casal pra contar pra vocês como normalmente, então diferente do último post que falei sobre a saudade de casa, gostaria de contar como mesmo sendo um pouquinho assustadoramente grande, Dublin conquistou nossos corações!
Obviamente como vimos na TV, tudo aqui funciona. Falando de modo bem geral, os transportes públicos funcionam, não existe violência, a gente não tem medo de andar na rua com nosso equipamento ou eu andar sozinha na rua tarde da noite na volta do trabalho. Ninguém aqui passa fome, inclusive de todas as despesas aqui, a comida é a com que menos gastamos. A água é gratuita. Toda a população tem acesso à saúde gratuitamente e todas as crianças tem acesso à educação, inclusive outras nacionalidades, que não irlandeses. Então por muitas vezes esses motivos nos fazem pensar e repensar sobre o que fazer da nossa vida…
Mas agora me permitam falar sobre coisas beeeem supérfluas (gente como assim? minha vida inteira usei essa palavra errada “supérfulas”, que burra!) que cidades como Dublin nos proporcionam.
É a arquitetura, as antiguidades, o design tão diferente que transforma objetos tão simples em uma decoração tão elaborada. São os diferentes tons de verde, as texturas, são as flores que até então só víamos no pinterest! São os vitrais das igrejas, as rendas, a combinação tão improvável de um buquê com uma moda tão simplista ou os chapéus escandalosamente cheios de charme tão usados pelas senhorinhas em cerimônias de casamento. É o chazinho servido numa porcelana que parece do século passado, mas que foi lançada ontem na loja e por um preço que qualquer um pode pagar. As tantas estátuas, as folhagens enormes cultivadas do lado de dentro por não aguentarem o clima de fora (inclusive descobri uma nova paixão minha aqui: folhagens!). São os lustres, luminárias, o chão amadeirado, lareiras, velas e luzinhas por todos os lados!
Obviamente não fui só eu com mais as duas noivas que casaram comigo em um casamento triplo (tanta saudades de vocês gurias!) que morríamos de amores com as decorações que víamos na internet, que normalmente são modelos aqui da europa, e entrávamos em pânico com os valores dessas coisas no Brasil!
Quando o Djoni chegou em casa com as fotos desse casamento para eu editar, meu coração vibrava de amores a cada detalhe! E diferente de quando planejava nosso casamento, hoje eu sei, aqui todo mundo tem acesso a tudo, inclusive a coisinhas supérfluas como poder decorar com muitos detalhes qualquer ambiente, com pouca grana, sabem por que?
Porque aqui, as coisas têm valores de coisas e as pessoas, mesmo com o cargo mais simples de prestadores de serviços, têm “valores de pessoas”.
Um salário mínimo supri tuas necessidades e ainda sobra um pouquinho no final de cada mês. Ainda que Dublin está mais cheia de gente do que comporta. Ainda que os aluguéis estejam exorbitantes. Ainda que tu seja estudante. E isso sim, além de tudo, tem nos encantado mais e mais a cada dia!
De coração, espero um dia que nossos filhos, ou até os filhos deles, possam começar a viver no nosso tão querido Brasil, pelo menos um pouquinho do que esse povo tem o privilégio de viver aqui.
Mesmo que super atrasada com esse post, pra variar, espero que como eu, fiquem vocês: inspirados e encantados com os registros que o Djoni trouxe pra casa! ♡