Num piscar de olhos estávamos na estrada, na Irlanda do Norte, tomando um chimarrão, comendo todo tipo de delícias (que qualquer mãe chamaria de ‘porcarias’), comparando as paisagens com os caminhos tão bem conhecidos que ficavam pertinhos de casa. Usávamos a expressão “TRI” pra intensificar qualquer palavra, o “BAH” pra significar qualquer coisa, nos referíamos ao Djoni e o Diego como “os guris” e a cada início de frase pra coversar com a Jussana, saía tão naturalmente “guriaaaa”. Olhando essa situação de fora, normal era achar absurdamente estranho! Que povo é esse? – Se perguntava o Diego que é paulista…
A Jussana é de São Leopoldo e foi uma das primeiras pessoas que a Irlanda nos apresentou!
Pode parecer bem bobo, mas não existe explicação pro que a gente sente ouvindo alguém falar com o nosso sotaque quando se está tão longe. Parece que a mente volta pra uma zona de conforto, mas no melhor sentido da expressão. Simplesmente reconforta.
No dia que fizemos o ensaio deles choveu e saiu o sol o tempo inteiro! “- Olha! Mais um arco-íris!”
Das vezes que contei, já era o quinto que víamos ao longo do caminho! Ainda naquela noite seria possível ver a aurora boreal de alguns pontos da Irlanda do norte. Dá pra acreditar?
Horas no carro nos permitiu que nos conhecêssemos bem de perto. Falávamos sobre o passado, sobre o presente que era dividir aquele momento e dos planos para o futuro.
Nenhum movimento no caminho, por isso a estrada, as paisagens, os tantos arco-íris, o futuro, o presente, inclusive arrisco dizer que o mundo era todo nosso naquele dia!
Não existe nem de longe a possibilidade daquele ter sido um simples dia.
Foi naturalmente inspirador, mágico e cheio de amor ♡